segunda-feira, 19 de outubro de 2015

HOMICÍDIOS DE NEGRAS SOMAM MAIS QUE O DOBRO QUE DE BRANCAS



É na faixa etária dos 15 aos 29 anos que está a maior parte das vítimas mulheres
15 de outubro 2015 - 19h30


A taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no País é mais que o dobro da de mulheres brancas. Para cada 100 mil habitantes, o número é de 7,2 e 3,2 respectivamente. Os dados estão no Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado nesta quinta-feira (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
O documento foi elaborado para subsidiar políticas públicas de combate à violência em conjunto com os estados e municípios como parte de um pacto para reduzir as mortes violentas em 81 localidades que concentram cerca de 50% do total de homicídios dolosos registrados no Brasil.
É na faixa etária dos 15 aos 29 anos que está a maior parte das vítimas mulheres. Para as jovens negras, a taxa de mortes violentas é de 11,5 por 100 mil habitantes, enquanto para as jovens brancas é de 4,6. Os dados são do último levantamento do Datasus, de 2013.
De acordo com a publicação, os homicídios de mulheres estão relacionados a causas e fatores de risco diferentes dos homens. No caso deles, os homicídios parecem estar mais relacionados à participação em gangues, envolvimento com drogas e conflitos interpessoais. As mulheres são vítimas de questões relacionadas a conflitos familiares e têm como algozes, na maioria das vezes, os seus parceiros.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os dados levantados pelo diagnóstico servirão para definir metas e ações voltadas para a redução da criminalidade e do número de homicídios no país. “A partir dessa pesquisa, vamos buscar, focalizar ações não só de polícia para dentro das áreas críticas. Nossa meta a ser atingida é reduzir cerca de 5% ao ano [o número de homicídios]”, disse Regina Miki.

Negros e jovens
 
Ao tratar dos perfis de vulnerabilidade e vitimização no País, o relatório mostra que os negros – somatória de pretos e pardos, segundo o Censo 2010 – representam 50,7% da população do País e corresponderam a 72% das mortes por agressão. A de brancos e amarelos, o número é de 26%.
Os jovens com idade entre 15 e 29 anos estão no topo da pirâmide das mortes causadas por homicídio no País. O percentual de assassinatos dessa parcela da população chega a 52,9% do geral, de acordo com o Datasus, do Ministério da Saúde. Quando os dados sobre os jovens são desagregados por cor/raça, é possível ver a concentração de mortes para os jovens negros, cuja taxa por 100 mil habitantes é de 79,4. Para os jovens brancos, ela é de 26,6.



Agência Brasil


terça-feira, 13 de outubro de 2015

INTEGRANTES DO FOMEDE APRENDEM COMO CONFECCIONAR BONECAS AFRICANAS E TURBANTES

PUBLICADO EM 23/09/2015 ÀS 16:43 - ATUALIZADO EM 24/09/2015 ÀS 10:49

Na última quarta-feira (16), o Fórum Macrorregional Educação e Diversidade Etnicorracial (Fomede), promoveu um encontro na sede da AMFRI com temas importantes e duas oficinas. As oficinas chamaram a atenção dos integrantes do fórum que aplicarão as aprendizagens sobre a confecção da boneca africana “Abayomi”, e elaboração de turbantes em seus respectivos municípios.
A reunião do Fomede ainda contou com outros temas em destaque. Dez sites que tratam especificamente da Educação das Relações Etnicorraciais, foram apresentados pela consultora em educação da AMFRI, Gilmara da Silva.  O grupo avaliou e definiu que seria interessante organizar sinopses dos temas dos sites para diponibilizar no bolg do Fomede e encaminhar para as Secretarias de Educação. Foram organizados os grupos e definiu-se que a apresentação e validação das sinopses será feita na próxima reunião ordinária que acontecerá no dia 13 de outubro.
O grupo também definiu que em parceria com a ONG Ação Educativa promoverá o lançamento da coleção "Educação e Relações Raciais: Apostando na Participação da Comunidade Escolar". “Definimos que vamos sugerir uma data entre a última semana de outubro e a primeira de novembro com possibilidade de ser no auditório da Secretaria de Educação de Itajaí”, explica Gilmara. 

FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ETNICORRACIAL DEFINE PRÓXIMAS AÇÕES

PUBLICADO EM 17/08/2015 ÀS 11:04 - ATUALIZADO EM 17/08/2015 ÀS 17:06


Na última terça-feira, dia 11 de agosto, o Fórum Macrorregional de Educação e Diversidade Etnicorracial (Fomede) composto por representantes dos municípios de  Araquari, Balneário Piçarras, Barra Velha, Bombinhas, Camboriú, Guaramirim, Itajaí, Itapema, Jaraguá do Sul, Joinville, Luís Alves, Massaranduba, Navegantes, Penha, Porto Belo, e Schroeder se reuniu na sede da AMFRI. O encontro foi à quarta reunião do grupo neste ano.
No início da manhã o grupo avaliou o Seminário do Fomede que aconteceu no dia 7 de julho, também na sede da AMFRI, Itajaí. Ao ver de todos, o evento foi um sucesso visto principalmente através de um número expressivo de pessoas, contando com mais de 100 participantes. O objetivo do seminário foi alcançado, pois o momento oportunizou a discussão e apresentação de metodologias para qualificar a prática docente visando o cumprimento das leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 junto às turmas regulares da educação básica nas escolas públicas.
Em seguida foi apresentado ao Fomede um estudo preliminar dos Indicadores da Qualidade na Educação – Relações Raciais na Escola. O grupo definiu que realizará um evento a nível estadual ainda em 2015 para discutir sobre os dados. A manhã de atividades do FOMEDE foi encerrada com o primeiro momento de formação interna de seus integrantes. A capacitação foi conduzida pela Professora Geni Terezinha Cardoso Dias que também é vice-presidente do Fórum, e teve como tema a “Formação de Professores da Educação Infantil sobre a Educação das Relações Etnicorraciais”.

MAIS DE 100 PESSOAS PARTICIPAM DO 2º SEMINÁRIO DO FÓRUM DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ETNICORRACIAL

PUBLICADO EM 07/07/2015 ÀS 17:29 - ATUALIZADO EM 09/07/2015 ÀS 11:55










Professores, secretários e representantes de dezesseis municípios participaram do 2º Seminário do Fórum Macrorregional de Educação e Diversidade Etnicorracial (Fomede) que teve como tema central “As Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008: da teoria à prática pedagógica”. O evento foi realizado na sede da AMFRI, durante toda esta terça-feira (7). A promoção foi da AMFRI em parceria com os municípios do Fomede e a 17ª Gerência Regional de Educação de Itajaí (Gerei).
A presidente do Colegiado de Secretários de Educação da AMFRI e Secretária de Educação de Camboriú, Fátima Bambinetti Gervásio, realizou a abertura oficial do evento enfatizando seu intuito. “Este seminário tem como foi oportunizar momentos de discussão e apresentação de metodologias para qualificar a prática docente visando ao cumprimento das leis junto às turmas regulares da educação básica nas escolas públicas”. Também compuseram a mesa de abertura a Gerente da 17ª GEREI, Isabel Cristina Cardoso Belizário e a presidente do Fomede, Alaíde Honorato da Silva.
O professor Geraldo da Silva contribui na acolhida inicial aos participantes e palestrou durante todo o dia.  Graduado em história e mestre em Engenharia de Produção já foi professor da Rede Pública e Privada de Ensino (Fundamental e Médio), além de professor em universidades. Foi pesquisador do Governo do Paraná - Comunidades Negras Tradicionais e Remanescentes de Quilombo, entre 2006 e 2008.  Desde 2005, atua como consultor na área de Educação, com especialidade em Educação na e para a Diversidade e é Coordenador Pedagógico Regional da Editora Positivo.